Etapas 5 e 6 do CBP de São Paulo: o que esperar de uma arena tão conhecida?
Tanque 7 do Parque Maeda será o palco, pela quinta e sexta vez nesta edição, da disputa do final de semana. Pescadores comentam suas estratégias
Das 16 etapas que são disputadas neste terceiro Campeonato Brasileiro em Pesqueiros, oito têm como palco o famoso Tanque 7 do Parque Maeda, em Itu-SP.
De maneira mais direta, metade das provas deste campeonato são disputadas neste tanque, famoso pela sua quantidade de peixes e boa movimentação durante a disputa.
Mas o que ele tem de tão especial? Ter mais etapas no local ajuda na hora de traçar uma boa estratégia pré-prova? Mais etapas na arena aumentam a produtividade? Essas e muitas outras perguntas foram respondidas pelo zootecnista do CBP, Fábio Mori e por competidores que estarão presentes nas etapas deste final de semana.
Nos dias 29 e 30 de janeiro (amanhã e domingo), teremos mais grandes etapas deste campeonato. Em cada uma delas, 60 duplas estarão entregando o melhor de si para garantir a vaga na grande final de março e entrar na briga pelos 100 mil reais.
A equipe da Fish TV já está concentrada no Parque e a entrega dos kits já está aberta, com camisa, tube neck, boné, pulseira de pesagem, faixa com o nome e número da dupla, repelente e o regulamento do CBP (em caso de mudança climática, capas de chuvas serão distribuídas pela produção).
Mas a cada competidor que pisa no Parque Maeda, o sentimento de adrenalina pode ser sentido de longe! Cada um com sua estratégia e buscando informações para uma boa prova.
Como dito anteriormente, apesar do Maeda ser muito conhecido, em razão da quantidade de etapas disputadas, muitos pescadores continuam buscando a melhor estratégia para garantir sua vaga.
Para Fábio Mori, a grande demanda que o Parque Maeda possui para as disputadas do CBP é algo atrativo para o pescador, já que ele tem mais chance de conhecer melhor a arena em que ele vai participar.
“A gente brinca muito aqui no CBP, nos dias que antecedem às provas, que treino é treino e jogo é jogo… Tudo muda muito. Porém, você conhecer o local e ter uma proximidade maior com a arena, te dá, com toda a certeza, mais chances de um bom desempenho. É uma arena de pesca muito bem preparada para receber o CBP, ela sempre vai se destacar”, disse Mori.
Fabio ainda comenta que a grande frequência de pescadores, até mesmo nos dias que não existe campeonato, ajudam para que os peixes do local se acostumem com as movimentações.
“Aquela vibração de 120 pés na beira da arena, o barulho do alto falante, a movimentação ao redor do lago… Os peixes já estão acostumados, a arena já é adaptada para isso”.
Outro fator que pode mudar a prova de amanhã e de domingo é com relação às chuvas que vêm se aproximando. Segundo o site Climatempo, temos 90% de chances de chuvas durante todo o dia no final de semana.
Hoje, a chuva já apareceu no Parque Maeda, mas isso não é um motivo para preocupação dos pescadores. Mori explica que o peixe já está acostumado com essa mudança e isso pode trazer algo bem positivo.
“Toda chuva gera uma alteração química na água. Ela mexe com o DNA do peixe. Esses animais são peixes de piracema, que sobem as correntes dos rios na hora da chuva… Então, a chuva vai causar uma movimentação boa e esses peixes vão estar mais ativos e, provavelmente, achar a isca mais fácil. A tendência é uma saída maior de peixes”, completou Mori.
E com chuva ou sem chuva, os pescadores que vão disputar no final de semana já começaram a chegar ao local. Conversamos com Paulo César Crivelatti, pescador já conhecido no CBP, que vai pescar ao lado de sua esposa.
Momentos antes da nossa conversa, Paulo pedia informações do lago para Fábio Mori, a respeito da profundidade e melhor estratégia.
Para Paulo, é essencial o pescador conhecer uma arena de pesca antes da disputa, ainda mais em um local como o tanque 7. Ele, por exemplo, mudou sua estratégia de última hora. Mas outro fator é muito mais importante, em sua opinião.
“Para mim, é 60% sorte. Todos os locais que disputei, fui muito bem nos treinos e na prova tive dificuldades. Como eu ainda não havia pescado no Maeda neste CBP, e com grandes pescadores que já conhecem o local, vim buscar informações para ajudar. Por exemplo, eu estava pensando em usar chicotão de 2,50m a 3m, mas descobri que a profundidade do lago é 2,20m, em média… Por isso a importância de fazer um estudo e pedir informações. Isso vai aumentar a probabilidade de uma boa prova”.
Outra dupla de pescadores que já chegou é formada por Jorge Mercez (Jorginho) e Guilherme Ferreira. E vieram de longe: saíram de Goiânia e percorreram mais de 800km para a competição.
Jorginho já participou deste CBP e convidou o amigo Guilherme para fazer a sua estreia. Para a dupla que ainda não pescou no Tanque 7, chegar um dia antes e analisar o local é um diferencial, ainda mais sabendo que tantos pescadores já conhecem o Parque Maeda como a palma da mão.
“É um risco, por isso viemos um dia antes. Fazer uma análise e tentar descobrir o que fazer de diferente… Agora, depois disso, já temos algo na cabeça a respeito de estratégia. É o nosso vício, não adianta, a gente gosta demais de sentir essas emoções de torneios de pesca, por isso decidi voltar a competir no CBP. Quem gosta de pescar, ama pescaria, mas quem gosta de competir na pesca é mais doido ainda (risos). É emoção mesmo, ainda mais numa arena conhecida e disputada dessa”, comentou Jorginho.
Para Guilherme, estreante no CBP, ter estudado a arena antes de viajar foi o diferencial. Para ele, antes de colocar as estratégias em prática, é preciso saber o que está fazendo.
“Como já tiveram tantas etapas no Parque Maeda, eu assisti, pelo menos, umas cinco horas de vídeo das etapas que já aconteceram aqui, estudando para prestar atenção nas iscas, nas técnicas, produtividade… Já fizemos um estudo teórico e, na prática, funcionou. Claro que tem o fator sorte, mas temos que fazer o principal: ter foco e acreditar! Tem que pescar com fé, viemos de longe para isso”, comentou.
Premiações do 3º Campeonato Brasileiro em Pesqueiros
- Campeão nacional: R$ 100.000,00 em dinheiro, troféu e medalha.
- Vice-campeão nacional: Viagem, com tudo pago, para Alta Floresta, no Mato Grosso, troféu e medalha.
- 3º lugar nacional: Viagem, com tudo pago, para Corrientes, na Argentina, troféu e medalha.
- Maior peixe nacional: R$ 10.000,00. troféu e medalha.
- 1º lugar estadual: R$ 2.000,00, inscrição para o CBP 4, troféu e medalha.
- Maior peixe de cada estado: R$ 1.000,00, troféu e medalha.